O Livro de Atos foi
escrito para orientar a Igreja em sua missão que ainda está em curso. Sabemos
que o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de
Cristo ao mundo gentio e o relato de Atos 10, com destaque para o texto em epígrafe,
mostra-nos que o Senhor não faz acepção de pessoas e determina a quebra de
paradigmas no episódio em que o anjo aparece a Cornélio, um centurião de Cesareia.
A Bíblia conta que Cornélio era um oficial do exército romano temente a Deus que
vivia uma vida de oração e boas obras aos necessitados. Cornélio teve uma
experiência ímpar com Deus e ao receber a ordem logo encarregou dois de seus
soldados para procurarem por Pedro. Simultaneamente, Pedro também teve uma
visão quando subiu ao eirado para orar. Uma voz lhe dizia para ele se levantar,
matar e comer um animal, todavia, por ser judeu, não estava disposto a violar a
lei do Antigo Testamento quanto aos animais imundos. Contudo, a voz o orientava
para que não considerasse impuro o que Deus tinha abençoado. Essas duas
passagens nos fazem refletir sobre os propósitos de Deus na vida desses dois
homens. De um lado um judeu que respeitava a tradição, de outro um gentio
temente a Deus. Vemos que Deus estava chamando gentios cerimonialmente impuros
para serem salvos e por essa razão a restrição alimentar não fazia mais
sentido, uma vez que também era usada para distinguir judeus e gentios. Ao encontra-se
com Cornélio, Pedro percebeu que a visão que teve ia além das restrições
alimentares e entendeu que os judeus não deveriam mais considerar impuros os
gentios, pois quebrado esse paradigma, daquele momento em diante, judeus e gentios, teriam o mesmo valor diante
de Deus. O Senhor Deus estava demolindo os preconceitos até então existentes no
coração de Pedro a fim de que dali em
diante pusesse em prática o que profetizou Isaías 42:7
Para abrir os olhos dos cegos, para
tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas. Isaías 42:7
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