Sobre a história de Jó sabemos que ele era
um homem com um caráter íntegro, um crente exemplar, mesmo tendo que sofrer
provações e perdas; Deus foi soberano sobre todos os acontecimentos em sua vida
e mesmo diante dos sofrimentos que ele teve que passar, a mão de Deus estava
sobre ele controlando tudo com um propósito específico. No entanto os seus
amigos, em vez confortarem-no, o que falavam e consideravam como “palavras de
sabedoria”, na verdade depunha contra Deus, quando buscavam argumentar sobre as
razões do sofrimento de Jó e tentaram explicar o porquê desse sofrimento. Em seus
discursos, os amigos não acusaram a Deus, mas a Jó. Eles argumentavam que o
culpado do sofrimento é Jó e que Deus é justo. Porém, Deus, no final, considerou
as acusações equivocadas dos amigos de Jó como acusações diretas a Ele mesmo. Os
amigos de Jó, em vez de o consolarem, buscaram repreendê-lo e acusá-lo, achando
que fazendo isto salvariam a vida de Jó, mas eles criam na doutrina da
retribuição terrena, que, infelizmente, ainda prevalece como princípio hoje para
muitos cristãos. Contudo, Deus usa a história de Jó e seu sofrimento para
mostrar a sua soberania, o seu poder para tornar o mal em bem, para controlar os
desígnios do inimigo e para se manifestar com maior grandeza ainda na vida de
Jó. Sem essa compreensão, e com a ideia equivocada do princípio da retribuição muitos
cristãos se abalam e se desviam da fé por causa de sofrimentos momentâneos pelos
quais passam, supondo que Deus se esqueceu deles e outros julgam o próximo, quando
veem o eu sofrimento e acham que se trata de um castigo de Deus. A história de
Jó nos ensina que não devemos julgar alguém que está padecendo, e sim consolar os
corações abalados e confortar as vidas que sofrem dificuldades, lembrando-nos o
que disse João:
“E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele,
tranquilizaremos o nosso coração; pois, se o nosso coração nos acusar,
certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas.
Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus” (1. João 3:19-21).
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